[Fedora-users-br] Evolução do Linux

Leonardo Pinto (Gmail) leonardoprc em gmail.com
Domingo Abril 5 22:09:46 UTC 2009


Pois bem, é isso mesmo. Usuário final é usuário final. Ele não sabe 
programar scripts, nem quer tão pouco ficar seguindo howtos. 
Infelizmente a falta de padrão, falta de auditoria como um todo no 
Linux, que uns consideram liberdade, e outros consideram 
armengues/improvisos, é o que acaba por distanciar o usuário final.

Então como o Mac conquista teus consumidores autênticos excêntricos 
pagadores de fortunas pela aquisição desses poderosos brinquedos de 
luxo?!!! Através de homologação de todo programa autenticado for 
Macintosh. Um programa para ser considerado autêntico Mac, antes de 
entrar no mercado precisa ser encaminhado ao laboratório da Apple, 
conferido seu código, auditado, a GUI conferida com os padrões Apple, e 
caso não esteja de acordo, é "sugerido" um novo layout, etc... E para o 
Linux estar chegando perto desse nível, a comunidade desenvolvedora 
teria que ao menos vislumbrar essa ordem. Teríamos que enxergar algum 
valor nesses princípios evolutivos.

Sim, o paradigma orientado a objeto resolve em parte na codificação. Sim 
poderia ser ObjectiveC, por que não?! Não a conheço, sequer uma linha, 
mas uso seus frutos que posso perceber o quão é poderosa. Contudo 
conheço a programação orientada a objetos, que resolve boa parte dos 
problemas do Padrão de Projeto, e é incontestavelmente o "novo" 
paradigma e tendência da área de desenvolvimento.

O Linux para ser agradável como desktop teria que estar centralizado num 
único objetivo em comum. E a meta TERIA que ser o USUÁRIO final, não o 
PROGRAMADOR final.

-- 
Leonardo Pinto
leonardoprc#gmail dot com



Hugo Cisneiros (Eitch) escreveu:
> É a famosa fina linha entre a segurança e a "usabilidade" do usuário.
> Todos querem achar um ponto de equilíbrio: achar algo que deixe seguro
> contra o usuário, ao mesmo tempo que deixe o usuário fazer o que
> precisar se ele quiser. Pra mim isso vai mais da educação do usuário
> (como citou o camarada acima), mas realmente pode-se chegar a um ponto
> de equilíbrio aí.
>
> O Leonardo tocou no ponto importante: não importa como o sistema
> funciona por trás, para um usuário final/desktop. Ele quer que as
> ferramentas de instalação/desinstalação funcionem, que os ícones das
> suas aplicações estejam fáceis e disponíveis, que seus dispositivos
> funcionem no seu computador e que seu sistema não fique travando toda
> hora. É isso que o usuário quer, o resto é detalhe e capricho de
> programador.
>
> Na parte de servidor, como eu disse e como o Leonardo disse, o Linux é
> muito forte porque o perfil dos administradores é mais de "usuário
> avançado". Então ele se vira pra fazer as várias coisas. No desktop
> isso é um pouco diferente. O Mac OS X realmente é um exemplo sólido de
> um Unix voltado para o usuário final. E eu posso dizer com certeza que
> isso seria possível no Linux se a gente não tivesse algumas vantagens
> sobre o Mac OS X:
>
> 1. Pelo aspecto livre, não existe um padrão de API/implementação. Uns
> gostam assim, outros gostam daquele jeito, e não existe uma interface
> sólida para tudo. Isso divide esforços e acaba por afastar muitas
> coisas "que seriam fáceis de fazer" dos desenvolvedores, concentrando
> tudo nas pessoas que fazem cada distribuição.
>
> 2. Não existe uma empresa só que dita e mantém um foco. Esse também é
> um dos motivos por qual não dá pra concentrar os esforços. Muda até
> quando grandes empresas assumem a liderança, como a Canonical, Red Hat
> e Novell. Mas não é nem um pouco certo isso.
>
> 3. Minha opinião pessoal: os softwares do Linux para desktop são, em
> geral, mal feitos e não tem qualidade de software. Isso muda com o
> tempo, mas eu ainda continuo achando que são ruins - muita qualidade
> em alpha. Talvez precisasse de mais QA :( Lembrando que isso é uma
> opinião bem radical, não levem muito em conta :P
>
> E o problema agora é que: visto por outro lado, estas são vantagens:
> temos a liberdade de escolher o que gostamos e como gostamos, não
> ficamos preso a nada. Só que as vantagens, por outro lado, tem suas
> coisas ruins também ;(




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